Duplicata Escritural

Qual o papel do Banco Central na regulamentação da Duplicata Escritural?

Conheça o papel fundamental do Banco Central, órgão regulador da duplicata escritural, os benefícios para sua empresa e o mercado financeiro.
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Sumário


 

A duplicata escritural está modernizando a forma como as empresas negociam a prazo, mas com toda essa tecnologia, uma pergunta fundamental surge: quem garante que tudo isso é seguro? A resposta tem nome e sobrenome: Banco Central do Brasil (BC).

Muitos veem o BC apenas como o controlador da taxa de juros, mas seu papel é muito mais amplo. Ele é o grande arquiteto e fiscal da confiança no sistema financeiro. No universo da duplicata escritural, sua atuação é o que transforma uma inovação tecnológica em um instrumento de crédito seguro e confiável para o seu negócio.

Neste artigo, vamos desvendar qual o papel do Banco Central na criação, desenvolvimento e regulamentação da duplicata escritural e como isso impacta diretamente a segurança das suas operações diárias, destacando sua importância para o bom funcionamento desse título de crédito digital.



A evolução da duplicata: de documento físico a título digital autorizado pelo Banco Central

A duplicata é um título de crédito genuinamente brasileiro, criado em 1936 para atender às demandas do comércio local. Sua história começa em 1936, com a Lei nº 137 e, ao longo do tempo, ela passou por diversas atualizações legais, como a Lei nº 5.474/68, que modernizou a utilização da duplicata física.

Com o avanço da tecnologia, a necessidade de uma versão digital segura tornou-se urgente. Em 2018, a Lei nº 13.775 regulamentou a duplicata escritural, possibilitando sua emissão e registro digital, marcando o início da modernização das transações comerciais.



Por que o Banco Central precisou regular a Duplicata Escritural?

Pense no Banco Central como o juiz e o administrador de um grande campeonato: o Sistema Financeiro Nacional. Para que o jogo flua bem, todos os participantes precisam de regras claras, fiscalização e, acima de tudo, confiança no resultado. A duplicata, um título de crédito 100% brasileiro, evoluiu do papel para o digital, e essa mudança exigiu um novo livro de regras.

O objetivo principal do BC é garantir três pilares:

  • Segurança: proteger empresas contra fraudes, emissões duplicadas e erros;
  • Eficiência: assegurar que o sistema digital funcione de forma rápida e integrada;
  • Validade jurídica: Garantir que a duplicata escritural tenha o mesmo valor e força legal que sua antiga versão em papel.
 

Em outras palavras, a atuação do Banco Central é o que permite que sua empresa utilize a duplicata escritural com a certeza de que ela é um documento legítimo e seguro, pois ele atua como órgão regulador e fiscalizador, garantindo segurança e eficiência. Veja a seguir suas principais atribuições.

 

 

Os 4 pilares da atuação do Banco Central com a Duplicata Escritural

A regulamentação da duplicata escritural pelo BC se baseia em ações legais que formam um verdadeiro escudo de proteção para o mercado de recebíveis.


1. Estabelecimento do marco legal

O BC não inventou a duplicata, mas ele estabeleceu como a sua versão escritural deve funcionar. Através de resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), como a Resolução CMN 4.815/2020 e a mais recente Resolução CMN 5.094/23, ele complementa a Lei nº 13.775/2018, detalhando aspectos importantes como:

  • Regras para emissão, registro e negociação da duplicata escritural;

  • Critérios para entidades registradoras autorizadas;

  • Procedimentos para aceite, protesto e cobrança;

  • Padrões de segurança e interoperabilidade dos sistemas.


 

2. Autorização e fiscalização dos “Cartórios Digitais” (As registradoras)

Para a duplicata escritural existir, ela precisa ser registrada em um local centralizado e seguro. Essas são as Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMFs), popularmente chamadas de registradoras. O Banco Central atua aqui como um rigoroso órgão de licenciamento:


  • Autoriza: somente empresas que cumprem exigências rígidas de tecnologia, segurança e capacidade financeira podem operar;
  • Supervisiona: o BC fiscaliza continuamente essas entidades para garantir que elas sigam as regras e protejam os dados dos usuários.

 

3. Garantia de estabilidade e combate a fraudes

A centralização do registro em entidades supervisionadas pelo BC resolve um problema histórico: a duplicata “fria” ou emitida em duplicidade. Como cada título agora tem um registro único, o sistema impede fraudes e dá a certeza de que aquele crédito é legítimo, fortalecendo a estabilidade de todo o mercado.


4. Incentivo à Inovação com responsabilidade

Por fim, ao criar um ambiente regulatório claro e seguro, o Banco Central incentiva que mais empresas de tecnologia desenvolvam soluções inovadoras. Isso fomenta a competição, melhora os serviços e reduz os custos para a sua empresa no longo prazo.



O impacto da atuação do Banco Central na Duplicata Escritural

A atuação do Banco Central na regulamentação da duplicata escritural traz diversos impactos positivos:

  • Segurança jurídica: as regras claras e bem definidas pelo BC garantem a segurança jurídica das operações com duplicatas escriturais, dando mais confiança para as empresas;

  • Redução de riscos: a supervisão das entidades registradoras e a definição de padrões de segurança minimizam os riscos de fraudes e outras irregularidades;

  • Aumento da eficiência: a digitalização e a automação dos processos, impulsionadas pela regulamentação, aumentam a eficiência das transações e reduzem a burocracia;

  • Maior acesso ao crédito: a maior segurança e eficiência proporcionadas pela duplicata escritural facilitam o acesso ao crédito para as empresas, especialmente as menores;

  • Modernização do mercado financeiro: a regulamentação da duplicata escritural contribui para a modernização do mercado financeiro brasileiro, alinhando-o com as melhores práticas internacionais.

 
 

Quais as entidades autorizadas pelo Banco Central para escrituração de duplicatas escriturais?

É fundamental saber quem são as empresas autorizadas pelo BC para atuar como registradoras de duplicatas escriturais. Elas são a garantia de que suas operações estão dentro do ambiente regulado.

As entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil para realizar a escrituração de duplicatas escriturais, também chamadas de Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMFs) para essa finalidade, são:

  • CERC Central de Recebíveis: uma das principais registradoras de recebíveis do país, com forte atuação no mercado de duplicatas;

  • Nuclea: atua como registradora e depositária central de ativos financeiros, incluindo duplicatas escriturais;

  • B3: a Bolsa de Valores do Brasil também atua como registradora de ativos financeiros, abrangendo as duplicatas escriturais;

  • TAG Infraestrutura de Ativos Digitais: controlada pelo grupo Stone Co., a TAG é uma registradora de recebíveis que opera dentro do marco regulatório definido pelo Banco Central;

  • CRDC Central de Registro de Direitos Creditórios: especializada no mercado de duplicatas, a CRDC oferece serviços de registro e consulta de informações;

  • Grafeno: plataforma tecnológica que atua como infraestrutura de mercado financeiro, habilitada para o registro de ativos, incluindo duplicatas escriturais.

  • Quicksoft: empresa de tecnologia que também foi autorizada pelo Banco Central a atuar como registradora de duplicatas escriturais.

 

Lembre-se: Sempre que contratar um serviço de emissão, verifique se ele está integrado a uma dessas entidades autorizadas!



O Banco Central como selo de confiança e modernização das duplicatas

A regulamentação do Banco Central é essencial para garantir que a duplicata escritural funcione como uma ferramenta confiável, segura e eficiente para o comércio brasileiro. Por meio de normas rigorosas e supervisão das entidades registradoras, o BC promove a segurança jurídica, reduz riscos e impulsiona a inovação no sistema financeiro.

Empresas de todos os portes ganham com essa modernização, que facilita operações, melhora o acesso ao crédito e fortalece o mercado, ou seja, sua atuação garante que a modernização do crédito no Brasil não seja uma aventura arriscada e, portanto, ao utilizar a duplicata escritural, você estará operando dentro de um ecossistema pensado e vigiado para proteger o seu negócio.



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