Entre 2026 e 2033, as empresas precisarão lidar com a convivência de dois sistemas tributários simultâneos: o atual, que inclui os tributos ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI, e o novo modelo, que será composto por CBS, IBS e IS. Esse cenário é uma transformação estrutural da Reforma Tributária, que afetará o recebimento fiscal.
Como aponta o Governo Federal, o ano de 2025 é um período de regulamentação e ações necessárias para início da cobrança das alíquotas no modelo IVA dual (CBS + IBS). Para as empresas, esse período de transição exige uma adaptação imediata dos processos e sistemas, sob risco de sérios impactos na sua operação de pagamentos.
Confira o período de coexistência dos sistemas tributários!
2026 a 2033
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O que muda no recebimento fiscal e nos pagamentos com dois regimes tributários simultâneos?
Lidar com dois sistemas tributários com cobranças de alíquotas diferentes ao mesmo tempo
Enquanto o ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI ainda existirão, sua equipe terá que lidar com dois métodos paralelos de cobrança de impostos:
- O IVA Dual porque iniciará o período de testes de alíquotas em 2026, com o CBS valendo integralmente em 2027, e IBS com alíquotas aumentadas gradativamente até 2033;
- Regime atual, que terá suas alíquotas reduzidas gradativamente de 2027 até 2032.
Novos leiautes de DF-es e eventuais rejeições
A partir de outubro de 2025, os novos leiautes dos DF-es estarão vigentes, mesmo sem exigir o preenchimento dos novos campos, o que reforça a importância de se atualizar ainda este ano.
Em 2026, os DF-es precisarão incorporar novos campos obrigatórios relativos aos novos tributos (CBS, IBS e IS). Isso implica uma mudança significativa nos leiautes dos documentos fiscais (DF-es), com regras de validação diferentes para cada tipo de operação.
Essa mudança pode gerar alguns impactos diretos na sua esteira de pagamentos:
- Notas rejeitadas que impedem o faturamento, devido a falta de adequação do sistema de recebimento;
- Problemas no processamento do recebimento dos documentos fiscais, que podem gerar bloqueios nos pagamentos.
Como esse processo ocorrerá ao mesmo tempo, isso pode trazer implicações práticas, como por exemplo:
Um fornecedor emite uma nota com CBS e IBS em 01/01/2026, mas seus sistemas ainda não estão atualizados. Resultado? A nota não é capturada, integrada ou escriturada no ERP, o pagamento não é liberado e a relação com o fornecedor pode ser comprometida, com riscos diretos para sua operação, especialmente se essa compra for de um insumo essencial.
Divergências com fornecedores
Nem todos os fornecedores se adaptarão no mesmo ritmo, portanto, essas mudanças podem refletir em:
- Falta de reconhecimento dos novos leiautes dos DF-es no seu sistema de recebimento, que pode impedir o processo de ingresso fiscal e seus pagamentos;
- Atraso nos pagamentos devido à necessidade do fornecedor emitir um novo DF-e para corrigir créditos ou débitos de impostos não incluídos, por não estar preparado para as novas exigências.
Os riscos para sua operação de pagamentos
Os principais riscos fiscais e operacionais que sua empresa pode enfrentar durante a coexistência dos sistemas para ingresso fiscal e o processamento dos pagamentos aos fornecedores são:
1. Dificuldades na apuração simultânea dos dois regimes
Com as duas cobranças diferentes e simultâneas de alíquotas em andamento, as dificuldades na apuração podem aumentar, resultando em:
- Necessidade de apurar tributos antigos (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI) via declarações e ajustes em SPEDs;
- Desafios na gestão da apuração dos novos tributos (IBS, CBS), pois ela será dinâmica e feita por um novo sistema do governo;
- Necessidade de apurar tributos antigos (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI) e novos tributos (IBS, CBS) ao mesmo tempo, com suas regras específicas;
- Erros na identificação do regime aplicável a cada operação, principalmente em empresas com muitas filiais ou regimes especiais;
- Possibilidade de créditos ou compensações duplicadas ou omitidas.
2. Falhas nos sistemas podem paralisar a esteira de pagamentos (req-to-pay)
Se os seus ERPs ou sistemas legados não estiverem preparados para processar os dois sistemas tributários simultaneamente (ICMS/ISS e IBS/CBS), é provável que ocorram erros na leitura ou integração dos documentos fiscais eletrônicos.
O resultado direto disso é a interrupção do recebimento fiscal, já que o sistema não consegue reconhecer ou processar corretamente a nota. Sem esse ingresso fiscal, a nota não avança na esteira de pagamentos (req-to-pay), ou seja, o pagamento ao fornecedor não é liberado.
3. Cancelamento de créditos tributários
O risco de cancelamento de créditos tributários pode aumentar, pois a coexistência de dois sistemas tributários pode gerar erros nas notas fiscais e outros documentos fiscais. Isso pode prejudicar os créditos fiscais da empresa e aumentar a chance de ser alvo de auditorias e fiscalizações no futuro.
4. Duplicidade de processos e aumento do retrabalho manual
Sem a devida automação fiscal, as empresas precisarão duplicar processos para validar, conferir e processar documentos nos dois modelos, o que aumenta retrabalho, erros em massa, atrasos, falhas de compliance, sobrecarga operacional e custos administrativos.
5. Conciliação de pagamentos complexa e risco de inconsistências
A conciliação entre o que foi recebido e o que deve ser pago ao fornecedor será mais difícil porque o mesmo pagamento poderá estar associado a documentos que envolvem tributos de regimes diferentes, exigindo conciliações separadas por cada regime.
Falhas nesse processo podem resultar em pagamentos indevidos, disputas com fornecedores e problemas no fluxo de caixa.
Riscos técnicos da operação simultânea
6. Sistemas legados sem suporte às novas regras
Muitos ERPs e sistemas atuais não estão prontos para processar documentos fiscais com os novos leiautes, campos obrigatórios e regras de validação da Reforma Tributária. Além disso, com o período de transição, que exigirá a gestão simultânea de diferentes alíquotas e regimes tributários, eles poderão ter dificuldade para suportar as mudanças, gerando riscos importantes.
O fim do SAP GRC NFE!
Um bom exemplo desse risco é o GRC NFE (Governance, Risk and Compliance) da SAP que, em 31 de dezembro de 2025, deixará de operar no Brasil. Empresas que utilizam essa solução precisarão obrigatoriamente migrar para sistemas atualizados e aderentes à nova legislação, ou correm o risco de ficarem sem controle fiscal e tributário adequado durante a transição.
7. Dificuldade no treinamento e adaptação das equipes
O uso simultâneo de dois sistemas exigirá que as equipes fiscais, financeiras, jurídicas, operacionais, de compras, contas a pagar e TI estejam muito bem integradas e treinadas. Plataformas de integração e processos inteligentes são essenciais para evitar confusão operacional, retrabalho e sobrecarga das equipes.
Antecipe os testes, pois 2025 é o ano-chave!
Com dois sistemas tributários operando em paralelo, sair na frente é importante para garantir que os pagamentos estejam corretos antes que os erros prejudiquem o funcionamento da sua empresa. Automatize o ingresso de documentos fiscais, monitore impactos em tempo real e integre áreas como fiscal, financeiro, contas a pagar, compras, jurídico e TI.
Como a V360 pode ajudar sua empresa a evitar esses riscos?
A V360 está evoluindo e acompanhando as transformações da Reforma Tributária. Nossa plataforma é flexível e se adequa à realidade operacional da sua empresa, com capacidade de automatizar toda a sua jornada de recebimento fiscal, durante a convivência de sistemas tributários distintos e simultâneos.
Otimizamos sua esteira de pagamentos a fornecedores de ponta a ponta, oferecendo:
- Captura e processamento automático de DF-es, com novas alíquotas, campos e eventos;
- Integração nativa com ERPs para garantir a conformidade tributária e a otimizar a operação de pagamentos;
- Centralização e rastreabilidade completa do recebimento fiscal, com trilha de auditoria e segurança total;
- Dashboards inteligentes e alertas proativos para monitorar divergências, falhas e impactos fiscais em tempo real;
- Integração entre as áreas (fiscal, financeiro, compras, contas a pagar, operacional, jurídico, compliance e TI), garantindo que todos os setores estejam alinhados;
- Interface intuitiva e personalizável, que facilita o treinamento e adaptação de equipes às novas exigências fiscais.
A V360 é sua aliada na Reforma Tributária!
Com dois sistemas tributários paralelos até 2033, os desafios serão sua rotina. Com a V360, sua empresa tem o conhecimento, a eficiência e o controle que precisa para liderar a mudança!