Reforma Tributária

Dois sistemas tributários até 2033: riscos para pagamentos

Saiba os riscos da convivência de dois sistemas tributários para os documentos fiscais (DF-es), recebimento fiscal e pagamentos a fornecedores.
Descrição: Mulher sentada em uma cadeira, utilizando um notebook com um mouse à sua frente, navegando com ambos os dispositivos para representar o enunciado "Dois sistemas tributários: riscos para pagamentos".

Sumário

Entre 2026 e 2033, as empresas precisarão lidar com a convivência de dois sistemas tributários simultâneos: o atual, que inclui os tributos ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI, e o novo modelo, que será composto por CBS, IBS e IS. Esse cenário é uma transformação estrutural da Reforma Tributária, que afetará o recebimento fiscal.

Como aponta o Governo Federal, o ano de 2025 é um período de regulamentação e ações necessárias para início da cobrança das alíquotas no modelo IVA dual (CBS + IBS). Para as empresas, esse período de transição exige uma adaptação imediata dos processos e sistemas, sob risco de sérios impactos na sua operação de pagamentos.

Confira o período de coexistência dos sistemas tributários!

2026 a 2033

Descrição da imagem: Apresenta uma linha do tempo da Reforma Tributária para informar o período de transição e da cobrança de alíquotas em dois sistemas tributários simultâneos de 2026 a 2033. Em 2025: Ano atual e de preparação, com edição das Leis Complementares, testes de novos leiautes de Documentos Fiscais Eletrônicos (DF-es) e adaptação de sistemas e equipes; Em 2026: Início da cobrança dos novos tributos, com CBS a 0,9% e IBS a 0,1%. Em 2027 a 2032: Transição gradual, com extinção dos tributos atuais e redução progressiva de ICMS e ISS, redução do IPI ( Imposto sobre Produtos Industrializados) a alíquota de 0%, exceto para produtos da Zona Franca de Manaus; Em 2033: Fim da transição, com CBS e IBS em plena vigência e ICMS e ISS extintos.

Quer saber por que é essencial preparar a operação de pagamentos da sua empresa em 2025?

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O que muda no recebimento fiscal e nos pagamentos com dois regimes tributários simultâneos?

Lidar com dois sistemas tributários com cobranças de alíquotas diferentes ao mesmo tempo

Enquanto o ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI ainda existirão, sua equipe terá que lidar com dois métodos paralelos de cobrança de impostos:

  • O IVA Dual porque iniciará o período de testes de alíquotas em 2026, com o CBS valendo integralmente em 2027, e IBS com alíquotas aumentadas gradativamente até 2033;
  • Regime atual, que terá suas alíquotas reduzidas gradativamente de 2027 até 2032.

Novos leiautes de DF-es e eventuais rejeições

A partir de outubro de 2025, os novos leiautes dos DF-es estarão vigentes, mesmo sem exigir o preenchimento dos novos campos, o que reforça a importância de se atualizar ainda este ano.

Em 2026, os DF-es precisarão incorporar novos campos obrigatórios relativos aos novos tributos (CBS, IBS e IS). Isso implica uma mudança significativa nos leiautes dos documentos fiscais (DF-es), com regras de validação diferentes para cada tipo de operação.

Essa mudança pode gerar alguns impactos diretos na sua esteira de pagamentos:

  • Notas rejeitadas que impedem o faturamento, devido a falta de adequação do sistema de recebimento;
  • Problemas no processamento do recebimento dos documentos fiscais, que podem gerar bloqueios nos pagamentos.

Como esse processo ocorrerá ao mesmo tempo, isso pode trazer implicações práticas, como por exemplo:


Divergências com fornecedores

Nem todos os fornecedores se adaptarão no mesmo ritmo, portanto, essas mudanças podem refletir em:

  • Falta de reconhecimento dos novos leiautes dos DF-es no seu sistema de recebimento, que pode impedir o processo de ingresso fiscal e seus pagamentos;
  • Atraso nos pagamentos devido à necessidade do fornecedor emitir um novo DF-e para corrigir créditos ou débitos de impostos não incluídos, por não estar preparado para as novas exigências.

Os riscos para sua operação de pagamentos 

Os principais riscos fiscais e operacionais que sua empresa pode enfrentar durante a coexistência dos sistemas para ingresso fiscal e o processamento dos pagamentos aos fornecedores são:

1. Dificuldades na apuração simultânea dos dois regimes

Com as duas cobranças diferentes e simultâneas de alíquotas em andamento, as dificuldades na apuração podem aumentar, resultando em:

  • Necessidade de apurar tributos antigos (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI) via declarações e ajustes em SPEDs;
  • Desafios na gestão da apuração dos novos tributos (IBS, CBS), pois ela será dinâmica e feita por um novo sistema do governo;
  • Necessidade de apurar tributos antigos (ICMS, ISS, PIS, Cofins, IPI) e novos tributos (IBS, CBS) ao mesmo tempo, com suas regras específicas;
  • Erros na identificação do regime aplicável a cada operação, principalmente em empresas com muitas filiais ou regimes especiais;
  • Possibilidade de créditos ou compensações duplicadas ou omitidas.

2. Falhas nos sistemas podem paralisar a esteira de pagamentos (req-to-pay)

Se os seus ERPs ou sistemas legados não estiverem preparados para processar os dois sistemas tributários simultaneamente (ICMS/ISS e IBS/CBS), é provável que ocorram erros na leitura ou integração dos documentos fiscais eletrônicos.

O resultado direto disso é a interrupção do recebimento fiscal, já que o sistema não consegue reconhecer ou processar corretamente a nota. Sem esse ingresso fiscal, a nota não avança na esteira de pagamentos (req-to-pay), ou seja, o pagamento ao fornecedor não é liberado.

3. Cancelamento de créditos tributários

O risco de cancelamento de créditos tributários pode aumentar, pois a coexistência de dois sistemas tributários pode gerar erros nas notas fiscais e outros documentos fiscais. Isso pode prejudicar os créditos fiscais da empresa e aumentar a chance de ser alvo de auditorias e fiscalizações no futuro.

4. Duplicidade de processos e aumento do retrabalho manual

Sem a devida automação fiscal, as empresas precisarão duplicar processos para validar, conferir e processar documentos nos dois modelos, o que aumenta retrabalho, erros em massa, atrasos, falhas de compliance, sobrecarga operacional e custos administrativos.   

5. Conciliação de pagamentos complexa e risco de inconsistências

A conciliação entre o que foi recebido e o que deve ser pago ao fornecedor será mais difícil porque o mesmo pagamento poderá estar associado a documentos que envolvem tributos de regimes diferentes, exigindo conciliações separadas por cada regime.

Falhas nesse processo podem resultar em pagamentos indevidos, disputas com fornecedores e problemas no fluxo de caixa.

Riscos técnicos da operação simultânea 

6. Sistemas legados sem suporte às novas regras

Muitos ERPs e sistemas atuais não estão prontos para processar documentos fiscais com os novos leiautes, campos obrigatórios e regras de validação da Reforma Tributária. Além disso, com o período de transição, que exigirá a gestão simultânea de diferentes alíquotas e regimes tributários, eles poderão ter dificuldade para suportar as mudanças, gerando riscos importantes.

O fim do SAP GRC NFE! 


7. Dificuldade no treinamento e adaptação das equipes

O uso simultâneo de dois sistemas exigirá que as equipes fiscais, financeiras, jurídicas, operacionais, de compras, contas a pagar e TI estejam muito bem integradas e treinadas. Plataformas de integração e processos inteligentes são essenciais para evitar confusão operacional, retrabalho e sobrecarga das equipes.

Antecipe os testes, pois 2025 é o ano-chave!

Com dois sistemas tributários operando em paralelo, sair na frente é importante para garantir que os pagamentos estejam corretos antes que os erros prejudiquem o funcionamento da sua empresa. Automatize o ingresso de documentos fiscais, monitore impactos em tempo real e integre áreas como fiscal, financeiro, contas a pagar, compras, jurídico e TI. 

Banner de divulgação do e-book gratuito da V360 entitulado "O impacto da Reforma Tributária nos pagamentos a fornecedores", com o seguinte texto: Sua esteira de pagamentos está pronta para a Reforma Tributária? Em 2026, DF-es mudam: entenda como preparar seu recebimento fiscal. Link para acesso: https://conteudo.v360news.com/reforma-tributaria

Como a V360 pode ajudar sua empresa a evitar esses riscos?

A V360 está evoluindo e acompanhando as transformações da Reforma Tributária. Nossa plataforma é flexível e se adequa à realidade operacional da sua empresa, com capacidade de automatizar toda a sua jornada de recebimento fiscal, durante a convivência de sistemas tributários distintos e simultâneos. 

Otimizamos sua esteira de pagamentos a fornecedores de ponta a ponta, oferecendo:

  • Captura e processamento automático de DF-es, com novas alíquotas, campos e eventos;
  • Integração nativa com ERPs para garantir a conformidade tributária e a otimizar a operação de pagamentos;
  • Centralização e rastreabilidade completa do recebimento fiscal, com trilha de auditoria e segurança total;
  • Dashboards inteligentes e alertas proativos para monitorar divergências, falhas e impactos fiscais em tempo real;
  • Integração entre as áreas (fiscal, financeiro, compras, contas a pagar, operacional, jurídico, compliance e TI), garantindo que todos os setores estejam alinhados;
  • Interface intuitiva e personalizável, que facilita o treinamento e adaptação de equipes às novas exigências fiscais.

A V360 é sua aliada na Reforma Tributária!

Com dois sistemas tributários paralelos até 2033, os desafios serão sua rotina. Com a V360, sua empresa tem o conhecimento, a eficiência e o controle que precisa para liderar a mudança!

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